TIVE QUE PERDÊ-LA PRA PERCEBER QUE ELA ERA A TAL METADE DA MINHA LARANJA...

É amanhã o dia do casamento dela, “o grande dia”, como ela costumava dizer. Ela vai estar linda, mais linda que quando está brava ou até mesmo quando acordava fazendo minhas blusas de pijama. Vai estar com os olhos brilhantes e com aquele típico sorriso encantador. Mas não sou eu quem vai estar no altar esperando ela entrar naquele lindo vestido branco. Meu orgulho não deixou, e aqui estou eu, sozinho. E a propósito, boa noite Garçom! Me trás um copo de whisky com gelo, por favor. Ouvi dizer que mata mais rápido que o amor, embora eu tenha sérias dúvidas sobre essa teoria. O que mata mais que o amor? Que por si só, já rima com a minha dor e com as ilusões desse pobre sonhador. Ei, garçom… Qual teu drinque mais forte? Preciso de um porre daqueles, que me faça esquecer aquela tal felicidade guardada nos humildes um metro e meio dela. Coloque aquela nossa música para tocar, aquela que diz que a gente se casaria na semana que vem. Coloque logo, quem sabe ainda dê tempo do mundo girar a meu favor. Talvez amanhã ela se lembre da minha blusa azul claro, que ela tanto gostava e também do meu sorriso sem graça e desista dessa loucura de não ser mais a minha pequena, desista de querer acordar todas as manhãs nos braços de um outro alguém. Porque afinal, era pra ser eu alí vestido de terno e transbordando ansiedade. Eu deveria por uma aliança naquele delicado dedo. Eu deveria ser dela e ela só minha. Porém, eu preferi ser do orgulho e outro babaca ganhou o coração da minha pequena.




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